O câncer de bexiga é uma doença grave que afeta milhares de pessoas todos os anos. Para muitas delas, o diagnóstico precoce faz toda a diferença no sucesso do tratamento. Compreender os fatores de risco e a importância de identificar os sinais dessa doença é fundamental para garantir um prognóstico mais favorável. Nesta matéria, explico o que é o câncer de bexiga, os principais fatores de risco e como o diagnóstico precoce pode salvar vidas.
O que é o câncer de bexiga?
O câncer de bexiga ocorre quando células anormais se multiplicam descontroladamente na camada interna da bexiga, um órgão localizado no sistema urinário, responsável por armazenar a urina produzida pelos rins. Esse tipo de câncer pode se desenvolver de forma lenta ou rápida, dependendo da sua classificação e estágio.
Principais fatores de risco para o câncer de bexiga
Existem diversos fatores que aumentam as chances de se desenvolver câncer de bexiga. Conhecê-los pode ajudar você a adotar hábitos de vida mais saudáveis e estar atento aos primeiros sinais. Os principais fatores de risco incluem:
Tabagismo
O cigarro é o maior fator de risco para o câncer de bexiga. Estudos indicam que fumantes têm até três vezes mais chances de desenvolver a doença do que não fumantes. Isso ocorre porque as substâncias químicas presentes no tabaco são eliminadas pela urina e acabam danificando as células da bexiga.
Exposição a produtos químicos
Trabalhadores que lidam com produtos químicos como tintas, corantes, solventes e outros derivados do petróleo correm um risco maior. Isso acontece porque algumas substâncias químicas industriais são excretadas pela urina, aumentando o contato com a parede da bexiga.
Histórico familiar
Ter parentes próximos (pais, irmãos) que já tiveram câncer de bexiga pode elevar as chances de desenvolver a doença, embora essa predisposição genética não seja tão comum quanto em outros tipos de câncer, como o de mama ou de intestino.
Infecções crônicas
Infecções urinárias crônicas, especialmente em pessoas que utilizam cateteres por longos períodos, podem levar à inflamação constante da bexiga, aumentando o risco de câncer de células escamosas.
Idade e gênero
Homens são mais propensos a desenvolver câncer de bexiga do que mulheres, e a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 55 anos.
Sinais que merecem atenção
O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. No entanto, o câncer de bexiga pode não apresentar sintomas em seus estágios iniciais. Quando os sintomas aparecem, os mais comuns incluem:
Sangue na urina (hematúria): esse é o sinal mais comum, podendo ser visível a olho nu ou identificado em exames laboratoriais.
Dor ao urinar: sensação de dor ou queimação durante a micção.
Urgência urinária: necessidade frequente e urgente de urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia.
Dor abdominal ou nas costas: pode surgir quando o câncer já está mais avançado.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce do câncer de bexiga é fundamental para garantir um tratamento mais eficaz e maiores chances de cura. Quando a doença é identificada em seus estágios iniciais, o tumor geralmente está restrito à camada interna da bexiga, sem que tenha se espalhado para outras áreas do corpo. Nesse estágio, as opções de tratamento são menos invasivas, e a remoção cirúrgica do tumor costuma ser suficiente para controlar a doença.
Quanto mais cedo o câncer é diagnosticado, menores são as chances de o tumor invadir outras camadas da bexiga ou se espalhar para outros órgãos, um processo conhecido como metástase. Nesses casos, o tratamento se torna mais complexo e as taxas de sucesso diminuem consideravelmente. Portanto, estar atento aos primeiros sinais, realizar exames periódicos e buscar atendimento médico ao menor indício de anormalidade são medidas essenciais para preservar a saúde.
Uro-oncologista em Brasília
O Dr. Gilvan Furtado é médico graduado na Universidade do Planalto Central (UNICEPLAC) e realizou sua Residência Médica em Urologia no Hospital de Base do DF, e em Cirurgia Geral, no Hospital Regional do Gama. É pós-graduado em Uro-oncologia, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e pós-graduado latu sensu em Cirurgia Minimamente Invasiva (Laparoscópica e Robótica), pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio Libânes, em São Paulo.